sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Xadrez da educação, da ciência, da vida





Texto desenvolvido após trabalho realizado baseado em crônicas de Rubem Alves (http://www.polbr.med.br/arquivo_99.php), específicamente o texto VI.


Imaginemos o mundo feito de apenas de ciências...O que seria do amor e das paixões?
Imaginemos o mundo feito de apenas uma ciência... Tudo dependendo de um método, uma resposta.
Imaginemos o mundo feito de apenas uma verdade... Por exemplo, que todos nós iremos morrer.
Imaginemos o mundo feito de apenas a sua verdade!!! Todos deveriam querer reviver tudo o que já passaram na vida, desde as piores dores até as maiores alegrias. 

 Como diz Rubem Alves sobre o personagem:
“Sua metafísica era quadriculada. Deus é o rei. A rainha é nossa senhora. O adversário são as hostes do inferno.”
 Imaginemos então o xadrez da educação:
 Tabuleiro seria a sala de aula.
O diretor é o rei, deve ser defendido por “suas” peças, mas ao mesmo tempo atacado por outras.
A torre os coordenadores, conseguindo alcançar grandes distancias.
O professor a rainha, autônoma, podendo andar para todos os lados, por todo o tabuleiro.
O bispo seria o auxiliar de classe, com autonomia de movimentos até uma determinada direção.
O cavalo seria um tipo de aluno, que arrisca mais, tem mais visibilidade na sala, mas nem sempre consegue se sair bem.
Finalmente os peões, seriam os alunos, muitas vezes sacrificado pelo jogador, outros tem o objetivo de virar uma rainha.

Mas quem seria "o jogador"?  

Talvez essa seja a peça mais importante, essa é a formação pedagógica que temos ao longo do caminho, para que possamos conseguir trabalhar as peças dentro do tabuleiro. O fato é que quando entramos em uma nova sala de  aula, um novo contexto é aberto, um outro jogo é iniciado e nos resta aprender esse novo jogo, as novas regras.
A ciência pode ser exata e correta, mas em algum momento pode-se provar o contrário, foi assim com as tonsilas, com a manga e o leite, com a ideia de lavar a cabeça quando está menstruada e poderá ser assim com vida em outros planetas, com o fato de os seres humanos respirarem apenas o oxigênio, ou ainda de nascerem ou sendo homem, ou sendo mulher e até mesmo a morte não ser um momento de dor, pois ela poderia ser uma grande arte!
 Como dirá Rubem Alves: “A ciência é muito boa - dentro dos seus precisos limites. Quando transformada na única linguagem para se conhecer o mundo, entretanto, ela pode produzir dogmatismo, cegueira e, eventualmente, emburrecimento.”
 Isso mesmo, a ciência também pode emburrecer, uma vez que esta poderá ser a representação de um único sentido, quando a vida é feita de muito mais do que apenas verdades, que podem mudar de direção, podem evaporar com o calor, sumir como em um passe de mágica e deixar de fazer sentido assim como pode ser a paixão que não se transforma em amor.
Esse é o xaque mate da vida na ciência!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pensar



Branco...Preto...Nada e muitas coisas, ou melhor, vazio...
Sem saída ou nova partida? Racional, emocional?
Dúvidas, apenas possibilidades para buscarmos certezas, as quais não se sabe, certo ou errado? Portanto, certezas incertas.
Errar e acertar, dependente de muitos pontos, muitos sentimentos, sofrimento, medos, fraquezas, alegrias, desejos e saudades.
E qual seria o objetivo de escrever?
Talvez aliviar, compartilhar, ou simplesmente desabafar, ainda no intuito de entender, mas o que? Por quê? De onde veio e para onde vai? Dor...
Questionamentos que não necessitam respostas, não busca julgamentos, quer dizer! Mas não cobrar, alimentar a sede de viver e de estar. Porém as pernas são curtas, o fôlego parece pouco, as palavras escassas e as dores múltiplas.
Dores necessárias que auxiliam a crescer e quem sabe amadurecer, pois como em um texto escrito pela segunda vez, nunca será pior do que a primeira versão, após sofre nunca voltaremos a ser "piores" do que antes.
Talvez dormir, acordar em alguns dias, como em um passe de mágica, tudo mudado, de outra forma, cores novas, mas os sentimentos, realmente sinceros, não mudam, não somem, não voam com o vento, as marcas sinceras permanecem, na pele, no coração, na alma. 
Claro; tudo sempre permeado pelo senhor da verdade, o tempo. Possivelmente ele possa rabiscar o branco, o preto, dizer o que é tudo, o que poderia ser o nada, preencher o vazio, ou ainda responder as perguntas carregadas por ele mesmo, o tempo, até a lua...