Definitivamente não vou escrever sobre o dia da mulher (claro que fica aqui registrado o parabéns para todas, apesar de não achar necessária uma data especifica para simbolizar o dia das mulheres), pois tem uma questão "cutucando" um pouco mais. Não consegui me conter e diante dos fatos preciso escrever.
Fico cada vez mais surpreendido
com a volatilidade do momento em que vivemos, alguns momentos até mesmo
assustado. Mal temos tempo de sentir as coisas e já surgem outras e todos
alimentam como se fosse tudo muito comum, mas será que só eu fico
assustado com essa velocidade, como a volatilidade existente nas informações?
Nesses últimos três dias, tive a prova concreta de como as
noticias são voláteis e consequentemente a necessidade de sentirmos, raciocinarmos e assimilarmos tudo muito
mais rápido, absorver tudo imediatamente, como se tudo fosse posto goela abaixo.
Dia 06/03/2013, morre Hugo Chávez, presidente da Venezuela, vitima de câncer, aos 58 anos. Surgem diversas
discussões: a vida militar, inicio do governo, amigos e inimigos, consolidação
do poder, descoberta do câncer, problemas com EUA, reeleição para o quarto
mandato consecutivo. Pessoas tratando como um Deus, outros tratando como Demônio.
E assim passa o dia, nos sites, redes sociais, nos jornais, nos telejornais e
até mesmo no humor jornalístico:
Dia 07/03/2013, todos amanhecem com a notícia da morte de Chorão,
Alexandre Magno Abrão, vocalista da banda Charlie Brown Junior. Encontrado morto em seu apartamento,
aos 42 anos. Surgem novos fatos, mais assunto. Cantor, letrista, ídolo,
drogado, depressão por causa da ex mulher, briga com parceiros de banda,
famosos comentando sobre a morte, morreu do que? Julgamentos, incertezas e mais
uma vez, machetes em sites, redes sociais, tele jornais, jornais e até mesmo no
humor jornalístico (e olha que por incrível que pareça conseguiram unir os dois
fatos):
Dia 08/03/2013, dia internacional da mulher. Pronto...
Acabou Chávez, acabou Brown, acabou até
mesmo Bento XVI, talvez tenhamos um resquício de Bruno (condenado pela morte
de Eliza Samudio) afinal existe uma próxima
relação com mulheres. Mas definitivamente o dia hoje é das mulheres.
Propagandas, nas ruas, tv, jornais, rede sociais, mensagens.
Dirão: “As notícias mudam, temos que não informar!” Correto,
concordo. Porém conseguimos ter uma capacidade de absorver sentimentos e
sensações tão rapidamente? Qual a resposta do nosso corpo para esse excesso de
informações? Seres humanos, menos humanos?
Talvez possamos pensar em algo ao refletir sobre tanta
informação, mas a dúvida é:
E amanhã? Qual será a notícia?
Alguém arrisca?
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