segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Criança frágil?






Por que pensar em uma criança frágil? Desprovida de saberes? Sendo que mal sabemos o quanto ela sabe, muitas vezes julgamos e mal sabemos quem, ou por que, apenas julgamos, pois assim nos foi ensinado, assim vemos na TV. Assim vemos o outro fazer, e até mesmo em casa.
Discutimos o mesmo assunto – a criança – sem nos colocar no lugar delas, sem entender se queremos educar ou formar, abraçados em um livro, uma teoria e longe de experienciarmos, longe de nos colocar no lugar dela, por não saber, por preguiça, ou simplesmente por medo, de errar, de não saber ou de não conseguir...
Só acreditaria em um deus que soubesse dançar, como diria Nietzsche. A dança é o movimento, a variação de uma posição para outra que não estamos acostumados. O variável torna-se estranho, diferente, novo, criativo, corpóreo, efêmero, uma nova nuance, uma nova linguagem, em outra perspectiva, desarmada do tempo, da moral, ou da obrigatoriedade, desamarrada, solta.
Por que não dizer que a formação é a dança de novas descobertas, de novas linguagens?
A criança o coreógrafo, aquela que desperta novas linguagens!
Formar é dançar ideias, novas e antigas, outras linguagens, na coreografia entre corpo, conceitos, vontades e necessidades. É importante permitir-se e permitir que o outro possa sentir essa dança e ser parte dela.
A dança da formação, a dança da vida!

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