quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Poemando - Uma tarde qualquer




Abro os olhos...
Ao olhar pela janela entreaberta, percebo a dança das nuvens, escuto o som dos pássaros e encanto-me com o suave vento, que passa e balança os galhos das árvores cada uma em seu tempo.
Fecho os olhos...
Concentro-me no corpo.
Sinto a cabeça pesar.
Os olhos mexerem.
As batidas rítmicas do coração.
Sons do intestino trabalhando.
Sinto o ar entrando, pulmões e diafragma enchendo.
O sangue circula!!!
Por um instante me perco em minhas memórias... Ainda de olhos fechados...
Bons momentos, risadas, amigos, a ida até aquela cidade, a volta, a estrada e os carros.
A família, as promessas, os erros, os acertos, os medos, as certeza, prazeres e desprazeres.
A saudade, as dores, o agito, a tranquilidade.
Respiro fundo...Abro devagar os olhos...
Volto a olhar pela janela, as nuvens estão em outra posição, os pássaros em silêncio, o vento cessou e os galhos não se movimentam mais.
O corpo continua funcionando. Ainda vivo!
A memória rememorando, com todas as dualidades. Ainda viva!

Uma trilha para enfeitar: 

 

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