quarta-feira, 18 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Devaneios
Mais uma vez volta a me procurar, mas por onde começar?
Existe um começo para poder procurar?
Ou apenas vou achando parte e tentando encaixar?
Vários universos são abertos e através disso, logicamente, acabo descobrindo mais pedaços de mim, mas até que ponto nossos pedaços resgatados através desses universos são realmente nossos?
No instante em que nos juntamos aos pedaços, simplesmente não somos mais nós, somos partes de um outro nós. Existiria alguma forma de me juntar em mim mesmo?
Sinto essa falta, essa necessidade, mas ao mesmo tempo gostaria de achar essas possibilidade.
Algumas angústias, anseios, inseguranças e medos surgem ao mesmo tempo. Mistura de afetos, que me afetam, atravessam e chegam a provocar uma falta de ar.
Não sei exatamente onde quero chegar com essa possível reflexão, não sei se é uma reflexão ou apenas uma vazão para algo que está dentro, aqui dentro, comprimido, apertado.
Gostaria de estar apenas comigo e de preferência vazio, sem precisar pensar tanto, sem precisar estar tão cheio, não necessariamente isolado, mas ligado em mim, só comigo e vazio de pensamento, pareceria depressão? Acredito que não... Apenas quero ficar mais quieto.
Como aliviar tanto sentimento? Não quero o excesso da razão... Quero o vazio dela. Apenas gostaria de um equilíbrio, tomar decisões parece não estar sendo meu ponto mais forte e nem quero que seja!
Me faz bem ou me faz mal?
Acho que apenas vai me fazendo... Vou sendo perfurado, sentindo o lado trágico, a alegria, as vontades.
Transbordo em excessos, mas ao mesmo tempo gostaria de estar contido em pouco, pouquíssimos sentimentos.
Me rasgo em possibilidades de me achar, escrevendo tento me resgatar. Sinto-me vazio de... sinto-me apenas vazio, algo inexplicável e talvez até mesmo banal ou sem um motivo. Parece que me toco, mas não me sinto, me busco, mas não me acho. Todo esforço para tentar expressar isso tudo que sinto parece ser tão complexo quanto produzir esse texto.
Desenvolvo o texto e parece não me sanar com tudo aquilo que gostaria de falar, mas acho que em nenhum lugar pretendo chegar...
Devaneio apenas para aliviar...
terça-feira, 3 de junho de 2014
Pensar na morte
Pensar na morte, não me faz morrer,
mas pensar na morte pode me auxiliar a viver.
Caminhando por entre a vida e vivendo permeado de morte,
não me dá nenhum suporte!
Trabalhar estudar correr
Dirigir escrever pensar
Conversar compartilhar comer
Brigar amar falar...
Ufaaa.... mais folego....
Chorar defecar rir
Lavar olhar sentir
Jogar banhar discutir
Ganhar perder partir...
E o que a gente leva da vida?
Estar vivo e viver são duas coisas diferentes.
Penso logo existo dirão...
E quem disse que existir é viver?
Podemos existir e estarmos ausentes.
Ausente das experiências,
ausente por medo,
ausente para os parentes,
ausente do verdadeiro enredo.
Distante desse enredo da vida que pode retornar eternamente,
em busca de um além do homem,
talvez alcançado pela solidão.
Dane-se, Deus está morto e você ainda não!
Não deixe o dia te engolir,
não deixe a vida passar,
bem ou mal, certo ou errado.
Esqueça! A vida não é um quadrado.
Pretende viver esteticamente estático?
Deixe de ser tão apático...
Vá... viva...
Movimente o movimento rotineiro deixe do seu modo.
Mude as mudanças mundanas.
Mas pode ficar calmo...
E nem precisa querer contar com a sorte,
afinal se nada der certo, o final de tudo, você já sabe...
É a morte!
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