quinta-feira, 28 de julho de 2011

O tal amor...


Olá meus leitores... Se você é um leitor desse blog, muito obrigado, mas se esse for seu primeiro texto, espero encontrá-lo mais vezes por aqui, pois assuntos diversos não faltam.
Hoje vou trabalhar um tema proposto por minha querida prima Camilla que por sinal está bombando em acessos no seu thumbrl (www.suit-dreams.tumblr.com – twitter @camistanus)! Pedi para que ela me sugerisse um tema e veio “amor”... Será que isso teria uma leve relação com seu atual estado afetivo? Bom, isso não vem ao caso no momento, vou me deter ao tema.
Amor, fala sério... Pelo menos em algum momento da vida você já parou pra pensar ou alguém perguntou pra você:
“- Mas o que é o amor?”
E dessa questão nascem diversas outras do tipo:
- Como definir o amor?
- Mas que tipo de amor está falando?
E algumas afirmações:
- Eu amo meu cachorro!
- Eu amo futebol!
- Eu amo minha mãe!
Uma infinidade de afirmações relacionadas com o tal “amor”. Porém desses questionamentos e dessas afirmações podemos tirar algumas ideias.
Parece um pouco, talvez muito, claro que o amor não é exatamente um “ser” com um corpo, uma cabeça, olhos, mas um sentimento (nossa que novidade não?!). Está certo, mas não sendo um “ser”, não existe uma definição exata, ainda mais por existir alguns tipos de amores, ou seja, o que eu sinto pelo meu cachorro, será diferente pelo que sinto pela minha mãe, que será diferente do que sinto por um amigo e assim sucessivamente.
Então que merda é essa das mulheres (não estou sendo machista, apenas ouvi isso mais de mulher do que de homens) ficarem perguntando:
“-Ai será que ele me ama do mesmo jeito que eu amo ele?”
Ei!!! Esquece o jeito que ele te ama, ou deixa de amar, e vai amar do seu jeito.
Outra questão que sempre está presente nessa discussão é:
“- Ahhh, mas amor que é amor de verdade, nunca acaba!”
Minha querida e meu querido, pode ter certeza, que tudo um dia pode acabar! A melhor certeza que você pode ter é que não vale à pena ter certeza de nada! Na melhor das hipóteses a pessoa vai te amar até o fim da vida, ou seja, depois que ela morrer não vai mais existir aquele amor! (Ok trágico, porém real!)
Vamos para uma questão mais filosófica e talvez mais trágica do a ideia anterior. Platão definia amor como algo que nós nunca iremos possuir, por isso ele é um cara interessante para quando seu namorado (a) cobrar você com relação ao seu amor.
Realizando uma leve pesquisa no Wikipédia podemos achar amor como: afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido ... ufa ... Aja significado pra uma coisa só não?! O principal é que todas essas idéias relacionam-se aos nossos sentimentos e como eu mesmo já escrevi, eles são nossos, dessa forma não vale a pena querer que o sentimento dos outros sejam iguais aos nossos, ou pelo menos parecido com o que nós temos.
O fato é: definir o que é amor não é agora matemático, não existe a menor exatidão para isso, assim sendo, poupe-se de mais esse questionamento em sua vida, existem coisas mais necessárias para buscarmos definições, o amor existe para ser vivido!
Finalizo aqui com uma mini piadinha sobre o tema que achei em um dos escritos da minha prima:
Apenas pros corretos no português entederem...
— É, meu caro amigo. Meus sentimentos aumentaram. Eu amo ela.
— Eu a amo.
— Você também?!
— Idiota…
Ahhh até que a piadinha é boa vai... e caso você tenha achado levemente interessante o texto, tem um outro, um pouco mais profundo, sobre uma visão de amor que tenho certeza que você nunca leu antes em: http://comodidadedahumanidade.blogspot.com/2010/10/entre-vida-e-morte.html
E se você tem algum outro tema inspirador pode me mandar!!! Prima, estou esperando o próximo!!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Da educação das crianças

Hoje quero atentar para o texto "Da educação das crianças" de Michel Montaige. Esse texto pode ser encontrado no livro - "Os ensaios: livro I".



Para começarmos a conversa Michel Eyquem de Montaigne (Saint-Michel-de-Montaigne, 28 de fevereiro 1533 - 13 de setembro de 1592) foi um escritor e ensaista francês, considerado por muitos como o inventor do ensaio pessoal. Nas suas obras e, mais especificamente nos seus "Ensaios", analisou as instituições, as opiniões e os costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua época e tomando a generalidade da humanidade como objecto de estudo. É considerado um cépito e humanista. Mais informações sobre ele podem ser encontradas no http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel_de_Montaigne 


 Bom gostaria de compartilhar aqui com vocês alguns pontos do texto que gostei muito. Basicamente o texto é baseado em uma carta de uma mãe que é enviada à ele perguntando sobre como ela deveria educar seu filho, ou melhor, quais seriam os conselhos que ele daria, para que a educação de seu filho fosse adequada.
Montaigne primeiramente avisa que existe uma dificuldade muito grande no processo de ensino, porém é de fundamental importancia escolher um preceptor que antes "tivesse a cabeça bem feita do que bem cheia".
"Que ele lhe peça  contas não apenas das palavras de sua lição mas sim do sentimento e da substância, e que julgue sobre o benefício que tiver feito não pelo testemunho de sua memória e sim pelo de sua vida" (pg. 225). Mostrando, portanto, a necessidade de colocar-se em pratica aquilo que é aprendido.
Com relação aos conteúdos ensinados, Montaigne relata que os alunos podem esquecer imediatamente de onde adquiriu alguma informação, mas que ele saiba assimilá-la. Que não necessariamente o aluno deve seguir exatamente o que é falado por alguém, pois "quem segue um outro nada segue. Nada encontra, e até mesmo nada procura" (pg. 226). 
Partindo dessa idéia ele utiliza uma metáfora ele relata: "As abelhas sugam das flores aqui e ali, mas depois fazem o mel, que é todo delas: já não é tomilho nem manjerona. Assim também as peças emprestadas de outrem ele irá transformar e misturar, para construir uma obra toda sua: ou seja, seu julgamento. Sua educação, seu trabalho e estudo visam tão-somente a formá-lo" (pg. 227).
Portanto o maior objetivo dos estudo é nos tornarmos melhores e mais sensatos. Montaigne resalta muito a importancia de educar para a vida, não apenas para a ciência. "cum res animum occupavere, verba ambiunt" (Quando as coisas invadirem o espírito, as palavras apresentam-se em grande quantidade."
A ciência não deve, nunca, ser o único enfoque para uma boa educação, precisamos mais do que isso "não há nada como aliciar o apetite e a afeição; de outra forma fazemos apenas burros carregadores de livros. A golpes de chicote, dão-lhes para guardar a bolsinha cheia de ciência - a qual, para ser eficaz, não deve somente ser guardada em casa; é preciso desposá-la" (pg. 265).
Esses são alguns dos trechos interessantes existentes no texto citado. 
Montaigne tem uma perspectiva muito interessante sobre educação, claro que algumas de suas idéias não me agradam, como por exemplo, relatar que a educação deve ser realizada, boa parte dela, longe dos pais, porém esse é um dos poucos pontos que discordo das idéias reveladas sobre educação por Montaigne.
Espero que esse breve relato deixe você mais instigados em pesquisar este autor.