Abro os olhos...
Ao olhar pela janela
entreaberta, percebo a dança das nuvens, escuto o som dos pássaros
e encanto-me com o suave vento, que passa e balança os galhos das
árvores cada uma em seu tempo.
Fecho os olhos...
Concentro-me no corpo.
Sinto a cabeça pesar.
Os olhos mexerem.
As batidas rítmicas do
coração.
Sons do intestino
trabalhando.
Sinto o ar entrando,
pulmões e diafragma enchendo.
O sangue circula!!!
Por um instante me
perco em minhas memórias... Ainda de olhos fechados...
Bons momentos, risadas,
amigos, a ida até aquela cidade, a volta, a estrada e os carros.
A família, as
promessas, os erros, os acertos, os medos, as certeza, prazeres e
desprazeres.
A saudade, as dores, o
agito, a tranquilidade.
Respiro fundo...Abro
devagar os olhos...
Volto a olhar pela
janela, as nuvens estão em outra posição, os pássaros em
silêncio, o vento cessou e os galhos não se movimentam mais.
O corpo continua
funcionando. Ainda vivo!
A memória rememorando,
com todas as dualidades. Ainda viva!
Uma trilha para enfeitar: