quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Poemando - Uma tarde qualquer




Abro os olhos...
Ao olhar pela janela entreaberta, percebo a dança das nuvens, escuto o som dos pássaros e encanto-me com o suave vento, que passa e balança os galhos das árvores cada uma em seu tempo.
Fecho os olhos...
Concentro-me no corpo.
Sinto a cabeça pesar.
Os olhos mexerem.
As batidas rítmicas do coração.
Sons do intestino trabalhando.
Sinto o ar entrando, pulmões e diafragma enchendo.
O sangue circula!!!
Por um instante me perco em minhas memórias... Ainda de olhos fechados...
Bons momentos, risadas, amigos, a ida até aquela cidade, a volta, a estrada e os carros.
A família, as promessas, os erros, os acertos, os medos, as certeza, prazeres e desprazeres.
A saudade, as dores, o agito, a tranquilidade.
Respiro fundo...Abro devagar os olhos...
Volto a olhar pela janela, as nuvens estão em outra posição, os pássaros em silêncio, o vento cessou e os galhos não se movimentam mais.
O corpo continua funcionando. Ainda vivo!
A memória rememorando, com todas as dualidades. Ainda viva!

Uma trilha para enfeitar: 

 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Poemando - Atitudes Difusas





Rebelam-se ideias instigando soluções: imediatas, futuras e talvez determinantes.
Direciona-se para um caminho: incerto, inóspito, rústico, indelicado.
Tomam-se as atitudes e recebemos outras como reação.

Julgar? Ignorar? Revidar?


Voltemos à natureza...

Busquemos o sossego de um bosque.
A possibilidade de novas conexões neuronais.
Ao som da água correndo, com os primeiros raios de um novo dia, ou com a brisa de uma noite fresca.
Voltemos à natureza...

Aproveitemos nossos corpos...
Correr, suar, gritar, chutar.
Fatores fundamentais para extravasar.
Auxiliando a não pensar, ou pelo menos pensar de outra forma.

Busquemos a tranquilidade em nosso interior inquieto.
O discernimento dos fatos.
Percebamos a efemeridade da vida e apenas vivamos!
Vivamos...

Olhe do alto, de onde se pode observar o mar, céu, areia, onde possa lembrar; relembrar, reviver, agradecer, como se fosse a primeira vez.

Respiremos...
Descobrir outros caminhos para descer, subir, entrar e sair.
Respiremos...
Para que assim possamos nos acalmar, relaxar, “distencionar”, com intensão, mas não vamos esquecer que atitudes difusas sempre existirão.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Criança frágil?






Por que pensar em uma criança frágil? Desprovida de saberes? Sendo que mal sabemos o quanto ela sabe, muitas vezes julgamos e mal sabemos quem, ou por que, apenas julgamos, pois assim nos foi ensinado, assim vemos na TV. Assim vemos o outro fazer, e até mesmo em casa.
Discutimos o mesmo assunto – a criança – sem nos colocar no lugar delas, sem entender se queremos educar ou formar, abraçados em um livro, uma teoria e longe de experienciarmos, longe de nos colocar no lugar dela, por não saber, por preguiça, ou simplesmente por medo, de errar, de não saber ou de não conseguir...
Só acreditaria em um deus que soubesse dançar, como diria Nietzsche. A dança é o movimento, a variação de uma posição para outra que não estamos acostumados. O variável torna-se estranho, diferente, novo, criativo, corpóreo, efêmero, uma nova nuance, uma nova linguagem, em outra perspectiva, desarmada do tempo, da moral, ou da obrigatoriedade, desamarrada, solta.
Por que não dizer que a formação é a dança de novas descobertas, de novas linguagens?
A criança o coreógrafo, aquela que desperta novas linguagens!
Formar é dançar ideias, novas e antigas, outras linguagens, na coreografia entre corpo, conceitos, vontades e necessidades. É importante permitir-se e permitir que o outro possa sentir essa dança e ser parte dela.
A dança da formação, a dança da vida!