sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ser forte ou não ser, eis a questão



Força... Palavra que nos remete a dor, afinal você sempre será forte pensando em superar ou aguentar algo que não trará, digamos, alegria.
Vamos pensar, você deve ser forte para levantar o peso da academia (quase uma tortura), você tem q ser forte para superar seu cachorrinho que morreu, você deve ser forte para receber a notícia de uma doença grave, você deve ser forte quando no meio do jogo de futebol, ou até mesmo antes dele começar, seu ligamento do joelho rompe, você deve ser forte para cuidar daquele parente da sua família que está doente.
Ok, concluímos que “ser forte” está diretamente ligado a “sofrer” certo?
Ai chega uma pessoa e diz: “Nossa Gustavo, como você é uma pessoa forte né?!” E  tenho certeza que ela não está relacionando essa idéia aos “enormes” músculos conquistados com horas semanais de academia, mas sim com a suposta “habilidade” de parecer que tiro de letra todos os problemas que aparecem.
Partindo desse suposto elogio tenho duas indagações: primeira quem disse que eu quero ser forte e segunda quem disse que eu sou realmente forte.
A primeira explica-se pelo simples fato de ser que forte está ligado com fatos não tão agradáveis de serem vividos, por isso não é um orgulho ser forte e tenha certeza de que se você já ouviu esse elogio por muitas vezes na sua vida, ela deve ser muito sofrível e consequentemente você é uma pessoa bem calejada por esses fatos.
O segundo fator é um pouco menos aparente, pelo menos aos olhos dos outros, afinal de contas vestimos diversas máscaras ao longo de nossa vida e quem disse que a tal “força” não é apenas externa? Sim claro, afinal parte-se do principio de que ao sermos fortes daremos força para outras pessoas, dessa forma seria um ciclo de força, o qual, poucas pessoas se sentiriam muito fracas, pois como movimento gera movimento, força também gerará força. A questão é que nem sempre somos essa imensa fortaleza, só que sabe nos nossos próprios mistérios somos nós mesmos, pois é no nosso pensamento que temos a real liberdade que precisamos para sobreviver.
Por isso que hoje me peguei pensando, será mesmo que precisamos ser tão fortes?
No momento em que formos sinceros com nós mesmos e mostramos aos outros, que não; hoje eu não estou tão forte assim, poderemos viver mais tranqüilos e talvez compartilhar dores e dificuldades seja melhor do que tentar propagar a força!
Vivemos em uma sociedade que necessitamos da força em todos os instantes, mas será realmente que é a forma mais justa de levarmos nossas vidas? Será que é justo tanto sofrimento para sermos tão fortes? Será que sabemos sofrer, sermos relativamente fracos e pedir ajuda em alguns momentos?
Enfim, ser forte ou não ser, eis a questão!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Quase “Esboço” da Vida





“Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação (…) Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida?” É isso que diz Milan Kundera em um de seus livros.
Depois dessa breve reflexão ele prossegue dizendo que isso faz com que a vida pareça um “esboço”, mas ainda não seria a palavra exata, pois o esboço é a prévia de uma idéia, mas na verdade, na vida não conseguimos nem ter essa breve idéia, simplesmente pelo fato de que na vida tudo é como se fosse a primeira vez.
Não existem dias iguais, por mais monótona que seja a sua rotina sempre existe algum fato diferente, pode ser pequeno, mas ele existe.
Aquele dia que você acorda, sem a menor vontade de sair da cama (parece muito com uma segunda-feira), mas perceberam a palavra que usei? “Parece”, e parecido não é igual, por isso por mais que sua falta de vontade tenha uma similar semelhança com a semana anterior, não será idêntica, pois muita coisa envolvida não foi idêntica.
Você pode ter tido um final de semana maravilhoso, com viagens, muita comida boa, horas de um sono extremamente relaxante, pode ter passado o dia todo em águas termais e batido um papo super empolgante com um amigo que não via a muito tempo, por isso, mesmo que aconteça aquela “preguiça” de levantar na segunda, o seu fim de semana fez com que seu corpo produzisse respostas diferentes para essa “dificuldade”.
Vamos pensar um novo exemplo, acredito que relacionamentos são as melhores formas para relacionarmos essa idéia de esboço.
Em todos os seus relacionamentos anteriores você não se deu bem, descobriu que ele (a) era um mentiroso (a), descobriu que a família dele (a) não era nada agradável, percebeu que todo aquele “papinho” dele (a) era pra poder estar com você por curtição, ou ainda chegou naquela tão temida conclusão que ele (a) simplesmente não te quer mais. É o momento exato para entrar em pânico, chorar, procurar os amigos (as), chorar, ficar em casa e não querer sair, ou querer sair demais, chorar, falar mal dele (a), ou simplesmente decidir ir dormir mais cedo pro dia passar mais rápido e claro chorar mais um pouco antes de “cair no sono”.
O tempo (o verdadeiro dono da razão) passou, você se recupera, coloca na cabeça que nunca mais terá um relacionamento amoroso, eis que surge ELE (A), tudo que você sempre idealizou, com senso de humor, boa gente, com bons relacionamentos, o seu jeito de falar, suas idéias, seus valores, nesse momento você pensa: “– Como uma pessoa dessas está sozinha?”. Tudo é impressionantemente do jeito que você sempre sonhou, surgiu a paixão, mas ao mesmo tempo existe um fator importante, uma luz que pisca em sinal de alerta e diz: “-Ei, você tem certeza que quer sofrer tudo aquilo que sofreu anteriormente? Tem certeza que quer ter uma nova decepção na sua vida?”
Isso só existirá como um mecanismo de defesa que pode ser posto de lado, pois nada é igual o que aconteceu anteriormente, as histórias serão outros, os caminhos serão novos, o aprendizado será diferente, tudo isso pelo simples fato de que “não existe um termo de comparação”, se teimarmos em comparar todas as situações que acontecem seremos eternos frustrados, amargurados com a vida, andaremos em círculos e deixaremos de aprender coisas novas, pelo simples fato de não compreendermos que nada é nem mesmo um esboço de algo.
Cada dia é diferente, cada momento é único por mais que tudo pareça ser repetido nossa vida é renovada em todos os instantes, pode acreditar que desde as alegrias até os momentos de dor, todos têm sua singularidade!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Entre a Vida e a Morte




Você já acordou inspirado em um dia e começou a tentar descobrir o sentido da vida?
Não exatamente o motivo de viver, mas quais são os sentidos para estarmos aqui nesse momento, neste exato momento?
Após reflexões intensas,acredito não ter chegado à conclusão alguma e você leitor dirá:
“Claro que não chegou, seria uma reflexão um tanto quanto complexa, que muitos já pensaram, pensam e continuarão buscando reflexões em relação à vida.”
Tudo bem, eu concordo que não seja tarefa simples, direta e exata para ser respondida em apenas algumas reflexões intensas, quiçá em uma única vida. Isso se for única mesmo, enfim, são muitas as possibilidades.
E agora chega aquele momento crucial em que você dirá:
“Mas o que ele está querendo dizer com tanta coisa? Só chovendo no molhado?”
Bom, consigo hoje compreender que no momento em que damos um tempo para a vida “caminhar”, conseguimos entender os propósitos pelos quais ela nos apresenta, dessa forma,  tudo aquilo que temos vontade de realizar e fazer acontecer, desenvolvem-se naturalmente, como é o próprio fluxo natural da vida. Tudo de forma natural.
Ao discutirmos e pensarmos sobre a vida, ao pensarmos nos nossos sonhos, desejos, vontades, tentando descobrir os mistérios que a envolvem, conseguimos definir uma e, apenas, uma certeza: em algum momento morreremos.
Sim, meu caro amigo, parece trágico, absurdo e totalmente oposto, nesse momento em que refletimos sobre a vida, falar da morte, por bem ou por mal, é a certeza que temos, e o melhor de tudo, é que não temos necessidade de refletirmos tanto para chegarmos a essa resposta.
Com certeza, os mistérios pós-morte seria fonte de uma inesgotável discussão, mas a exatidão que vem da vida é a morte.
Agora começa a melhor parte, não estou me referindo à morte, mas sim, à união de vida e morte.
“Como assim?” Você perguntará.
Na verdade uma vez me apresentaram essa realidade e hoje tenho o prazer de compartilhar com vocês leitores.
No momento exato que nascemos, já começamos a morrer. É uma contagem regressiva que não sabemos exatamente em qual número começa, mas existe algo nessa história que poucos se dão conta. Entre a vida e a morte existe uma palavra mágica, sem ela nada mais consegue funcionar de forma adequada. Essa palavra é amor.
Isso mesmo! Entre vida e morte é fundamental a existência do amor, perceba a própria composição das palavras unidas vidAMORte, é o amor que está nesse meio.
Demoramos muito para descobrir essa simples relação entre as duas palavras, demoramos demais para conseguirmos viver com mais intensidade e amor, perdemos tempo e gastamos energia para tentar acelerar o nosso tempo ou, muitas vezes, atrasá-lo, mas se tivermos um propósito firmado em nossas mentes, é só viver com amor e tudo caminhará mais calmamente.
Simplesmente viver e viver simplesmente são as idéias que necessitamos para caminharmos com tranquilidade.
vidAMORte, pense nisso!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O pensamento é onde temos a plenitude da LIBERDADE!



Decidi escreve, ou divagar um pouco sobre a questão do pensamento e da liberdade após ler o post “anônimo” da pessoa que gosta de saber da vida sexual das outras no meu post “O que as pessoas pensam”.
Uma das frases do “anônimo” era: “O pensamento é onde temos a plenitude da LIBERDADE!”.
Na verdade sempre pensei muito sobre a liberdade e até que ponto podemos usufruir dela, ou realmente sermos livres, não só em um relacionamento, mas pensando também na questão de liberdade em geral, de falar aquilo que pensa, de fazer aquilo que quer, de ir onde tiver vontade, de consumir aquilo que quiser consumir, ou até mesmo aquela que canta a música de uma das primeiras bandas de Rock que eu gostei: “Liberdade de expressão, deixa eu falar Filha da Puta, expressão”.
A liberdade nada mais é do que uma pura e simples forma de expressão, claro que existem maneiras diferentes de produzi-la, mas uma coisa é fato, independente de onde você estiver, com quem você estiver, quando você estiver, sempre existirá uma liberdade que não poderão tira-la, o seu pensamento.
Esse sim é pura liberdade!
Você nunca vai precisar revelar nada que não quiser pra ninguém, no seu pensamento você será totalmente, infinitamente, para sempre, LIVRE!!!!
Isso é algo praticamente poético não?!
Mas o momento não é de poesia!
É um momento de reflexão!
Pense comigo (bom, nesse instante em que você pensará comigo, ire, levemente, privá-lo por alguns instantes dessa maravilhosa liberdade), mas não espalhe isso pra muita gente, ou espalha se quiser, no seu pensamento você pode ser o que quiser, quem quiser, pode ter todo o dinheiro do mundo, todos os homens, ou mulheres (isso sempre dependerá da sua preferência) que quiser, aquele carro que você sempre quis e nunca teve coragem de assumir pro seu amigo que gostaria de ter pode ser seu, você pode roubar, matar (não estou incentivando nada disso heim...) e não será preso, o pensamento é seu e nele você é Livre!!! Lembra?!?!
Que demais não é mesmo?
Tudo bem, se você não achar demais o problema é seu, pode ficar ai pensando um monte de merda de mim, afinal eu já dei o toque né!?!? Nisso ninguém vai poder interferir e eu nem vou saber!
Agora não vou mais me intrometer na sua liberdade plena de pensamentos, afinal quando alguém escreve algo e consequentemente nós lemos, esse alguém está interferindo diretamente na nossa forma de pensar e de certa forma na suposta plena liberdade, por isso fique por ai, em paz com suas idéias e pensamentos mais estranhos possíveis e sempre será um grande prazer tê-los compartilhados de alguma forma.
Quem sabe o próximo texto, sobre algum comentário, não possa ser o seu?
Bons pensamentos...

domingo, 17 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 - “Sem saber o calibre do perigo”


“(...) eu não sei d'aonde vem o tiro...”
É curioso e ao mesmo tempo diferente ver na tela do cinema algo que você sabe que acontece, mas talvez não acredite que seja 100% dessa forma.
Ao ler o blog do http://www.ricaperrone.com.br/ decidi postar sobre o filme Tropa de Elite 2 também.
Não bastando toda a sujeira no primeiro filme Padilha decide “esculaxa” dessa fez. É como uma bomba na cabeça dos políticos, da polícia, da justiça, mas acredito que a maior bomba deveria ser na cabeça da sociedade e da comodidade da humanidade que existe e persiste no nosso dia a dia.
O filme mostra relações rotineiras da vida, como a relação entre pai e filho, a convivência de um casal divorciado, as discussões existentes entre esquerda e direita, mas mostra aquilo que muitos de nós, meros mortais, não vemos, a malandragem da polícia, a sacanagem dos políticos e o mais absurdo, a dificuldade quando alguém tenta agir da forma “correta” (se é que existe essa forma).
Com certeza como comentou Perrone, em seu blog, se o filme tivesse sido lançado antes do primeiro turno das eleições tudo seria mais complexo no momento em que estivéssemos de frente para a urna, mas não existe ponto sem nó.
Vagner Moura, fez do capitão Nascimento um ícone social, uma pessoa que luta por seu batalhão, mas agora tenta lutar por uma causa maior, mas não é tão simples assim, a “realidade” é outra, é necessário abrir mão de algumas coisas e como em todos os momentos da vida ganhamos em alguns pontos, mas perdemos em outros. Ele que começa o filme sendo taxado como, o cara que apóia o lado mal da “coisa”, o fascista sem coração, tem no lado oposto Fraga, o homem dos direitos humanos, mocinho de esquerda, o “anjinho” da história, mas que no fundo pretendem  alcançar o mesmo objetivo de achar um equilíbrio social, uma maneira de tentar exibir e valorizar o lado positivo da sociedade.
O filme eu acredito que seja mais do que um tapa na cara, mas sim um tiro, aqueles tiros de 12, bem na cara, que arrebenta tudo e estraga o velório, um tiro que muitas vezes parece sair pela culatra.
Meu sentimento maior foi de parecer estar de mãos atadas, que saber do podre, mas não conseguir soltar uma bomba para mudar algo, apenas semear algo positivo, isso tornou-se mais forte ainda depois que André em um encontro com Nascimento (não vou falar o momento, pois se você ainda não viu o filme irá estragar alguns detalhes) diz que quem acabaria mudando (deixando de querer enfrentar as dificuldades da honestidade), seria o próprio Nascimento. Na verdade esse comentário tinha um fundo de razão, pois surgiram dois caminhos para Nascimento, ou ele teria que mudar, ou ele não conseguiria se encaixar e ai amigo, só assistindo para entender.
O fato é: existe muita impunidade, injustiça, sujeira e pilantragem das quais não temos nem idéia. Se o filme é “forçado” ao extremo, ou é apenas uma realidade que muitos desconhecem e os que conhecem tem medo de abrir a boca e os poucos que abrem, não permanecem onde estão, isso pouco importa, o que importa é que devemos, precisamos, ou melhor, necessitamos abrir os olhos, “soltar as algemas que nos prende” e não nos acomodar com aquilo que acreditamos estar fora dos padrões.
Acredito, assim como o filme passa, que a maior bandidagem não é a que aparece no começo dentro do presídio, nem os de farda, mas sim os de terno e gravata que auxiliam e alimentam os outros dois.
Filme, elenco, direção, produção, parabéns! Isso sim é filme pra Oscar, não a história da vida de alguém, nem filmes em que no final tudo explode e o mocinho fica com a mocinha (essa é uma frase do Dig), Tropa de Elite 2 – O inimigo agora é outro e “a conta é grande amigo”.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ensinamento de um Palhaço



Só quem mora no Sul sabe o quanto estamos sofrendo com as chuvas constantes. Carros, casas, roupas, perdidos;  pessoas desaparecidas em meio a tanta água, lama e sujeira.
Apesar da desgraça e tristeza, a história de hoje é sobre um palhaço. Isso mesmo, um palhaço.
Estava em meu trabalho, após um dia inteiro de chuva, em que quase fiquei preso na enchente da Palhoça. Nada estava dando muito certo: não achava os clientes, endereços errados
e o tempo se fechando novamente.
Dirigindo o carro em busca de mais um cliente, o semáforo fechou. Quando olhei para o lado havia um palhaço. Desviei o olhar para que ele não viesse me “importunar”, uma vez que
meu humor já estava "em baixa". Mas, em um breve lampejo de consciência, pensei: - Eu também trabalho de Dr. Palhaço em um hospital (faço parte dos Terapeutas da Alegria); não
posso negar essa minha "veia de palhaço". Decidi pegar o nariz de palhaço que havia no porta-treco do carro, coloquei e voltei a olhar para o outro homem de nariz vermelho. Ele arregalou
os olhos e disse:
- Você também é como eu?!
Apenas sorri e esperei para ver o que aconteceria.
Ele se aproximou, encostou-se ao carro e apontou o horizonte.
- Vai vir chuva, disse ele.
- Não, não, mais chuva não........
- Sim, sim, deixa chover. Deixa chover muito!
- Mas se chover mais, as coisas vão piorar.
Nesse momento, ele fixou seu olhar no meu e falou:
- Você sabe o que a nossa mente faz?
- Não!
- Ela mente, respondeu o palhaço.
Não entendi, mas continuei prestando atenção.
- E você sabe o que significa coração? (insistiu o homem do nariz vermelho nas charadas.)
- Não sei não.
- Significa a Cor da Ação.
Mais uma vez fiquei sem entender muito bem o que ele queria dizer com aquilo. Então meu novo amigo refletiu:
- Enquanto o homem utilizar a mente que mente e não o coração, esses desastres continuarão a acontecer.
Comecei a tentar refletir sobre aquilo, mas antes que pudesse pensar em qualquer coisa, surgiu outra charada:
- E você sabe o que nós podemos fazer para silenciar a mente que mente e agir com o coração?
Outra vez eu não tinha a resposta. Ele nem me deu tempo para pensar, e respondeu:
- Você está vendo esse furinho bem aqui? (apontando para o furinho no meio do bigode).
- Estou vendo sim.
- Você está vendo esse dedo aqui? (levantando o indicador).
- Sim.
- Esse dedo encaixa direitinho nesse furinho (mostrando o sinal do silêncio). E olha para onde ele aponta: lá pro céu! É dessa forma que o ser humano tem que começar a agir: silenciando a mente, ao silenciar a boca; dessa forma podemos ouvir nossa cor da ação e prestar atenção nos recados que vem do céu.... Pense nisso, amiguinho.
Confesso que nunca imaginei que o tempo de um sinal vermelho fosse suficiente para que eu pudesse refletir sobre tantas coisas.
O melhor que fiz naquele dia foi colocar o nariz vermelho, atraindo o sábio palhaço que estava alí, naquela quarta-feira de tempo nublado.
Tantas reflexões baseadas em simples palavras vindas de um palhaço, que por pouco ficaria sem minha atenção...
Com certeza foi prova de que a todo minuto aprendemos alguma coisa, de que estamos aqui pra aprender; basta estarmos abertos para isso.
E você ? Está aberto para aprender algo novo hoje?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O que as pessoas pensam



Dizem que todos têm suas manias, mas eu sempre paro e tento pensar quais são as minhas. Tudo bem, tudo bem, você leitor que já é levemente mais íntimo pode até saber algumas delas, porém o fato é que quando nós mesmos tentamos pensar nelas parece que surge um bloqueio, um “faz de conta que eu não tenho isso” e nenhuma das ditas manias surgem em nossa cabeça.
Tá, mas quem disse que mania é algo ruim?
Mania, palavra que vem do grego “loucura”, é para a Psiquiatria um distúrbio mental caracterizado pela mudança exacerbada de humor, mas não é exatamente essa a definição psicopatológica que quero trabalhar, penso na questão levemente mais básica, mas não menos importante, na qual mania é “um hábito estranho, ridículo, uma esquisitice”.
Vejamos algumas bem estranhas:
Cartocacoete – mania de ver mapas em todos os lugares, nas nuvens, na comida, em tudo!
Gamomania – mania de pedir pessoas em casamento, é mole? Isso porque tem gente que não consegue essa proeza nem uma vez.
Clinomania – desejo de ficar na cama, é a obsessão por dormir, um amor incontrolável pelos travesseiros e cobertores.
Tricotilomania – mania de arrancar cabelos, sendo que alguns até comem.
Sim, meu caro leitor, são manias estranhas mesmo!  Lembrando dois detalhes: primeiro, existem outras mais simples e comuns, como roer unhas, mascar chiclete o tempo todo, cutucar o dedão do pé, o segundo, é conseguir perceber a diferença da simples mania e o momento em que ela começa a virar uma patologia.
Tudo que estou falando aqui é para chegar a uma “auto-mania” que sempre me deixa intrigado. O que as pessoas pensam? É isso mesmo, o que será que todas as pessoas que encontramos no dia a dia estão pensando?
Fala sério... Será que isso é uma viagem só minha?
Sempre que ando na rua, ou em qualquer lugar que tenha muitas pessoas, fico imaginando: “De onde esse cara vem? Quais são seus objetivos de vida? Quantos irmãos ele tem?” E aquela senhora: “Por que ela anda tão devagar? Pra onde ela está indo? Pra que tantos remédios?”
Acredito que a partir desse momento comecei a me tornar uma pessoa mais observadora, pois alguns pontos me trazem informações para descobrir os detalhes de cada um.
Imagina o tanto de histórias de vida que existem em apenas um quarteirão? Quantas coisas novas não poderíamos aprender? Quanta coisa não poderíamos mudar com apenas uma palavra?
Na verdade, gostaria de ter tantas informações, não simplesmente por tê-las, ou para fazer umas “fofocas”, mas sim porque me encanta saber, conhecer e compartilhar novas histórias de vida, entender como cada pessoa reage a cada situação, como cada um trabalha e administra seus problemas e o melhor de tudo, tentar achar alguma forma de auxiliar essas pessoas, independentemente da forma.
Como sei que não posso saber das histórias de todos, vou me contentando com as que escuto ao longo dos anos. E você, quais são suas manias?